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Já se perguntou porque devemos testar os softwares que criamos? Afinal, qual o objetivo do teste de software?

Geralmente quando fazia essa pergunta para minhas turmas de alunos ou amigos de computação, a primeira coisa que respondem é:

“a gente testa para ver se funciona”

Essa resposta não está errada, mas também não está inteiramente certa. Ela está incompleta e esconde a natureza real do teste.

Dizemos que o teste possui a natureza destrutiva.

Diferentemente do desenvolvimento, que possui a natureza construtiva, dizemos que o teste de software possui a natureza destrutiva.

Parece meio dramático isso, mas o motivo primordial do teste de software não é demonstrar que algo funciona, mas demonstrar que esse algo possui problemas!

Isso quer dizer que o mindset do desenvolvimento e teste são inerentemente diferentes. Claro que ambos devem estar focados na qualidade final e primando um produto que funcione da melhor forma possível e agregue o maior valor possível para os clientes.

Mas no momento do teste, o foco é diferente de quando estamos desenvolvendo. No teste, executamos os programas justamente procurando aqueles casos que podem ter sido esquecidos na hora de fazer os requisitos ou de programar o produto. Procuramos por combinações que causarão comportamentos fora do comum, esperado, normal e seguro do produto.

Assim, o objetivo do teste de software é fazer o programa falhar, revelando defeitos que causam isso.

O objetivo secundário é mostrar que o software funciona de acordo com o esperado

Além de procurar por defeitos, o teste também serve para verificar se o que foi acordado foi de fato desenvolvido corretamente. Verificamos se os requisitos foram implementados de acordo com o que foi pedido.

Essa demonstração de funcionar conforme o esperado para alguns casos é chamado por vezes de exercício do “happy path” (caminho feliz). Caminho feliz porque estamos apenas mostrando que aquele produto funciona bem para aquelas entradas que colocamos.

Importante notar que apesar de ser possível demonstrar que o produto funciona para determinadas entradas, não temos condições de demonstrar que o produto funciona bem para absolutamente todos os conjuntos de entradas e combinações possíveis (salvo para domínios bem pequenos) dada a natureza infinita das possibilidades que essas entradas assumem.

E é exatamente por isso que existem as técnicas de teste, para nos ajudarem a criar casos de teste que sejam relevantes e que demonstrem o maior número de defeitos possível quando executado, mesmo sem exercitar todas as possíveis combinações de entradas de um software.

Além disso, erros no software podem causar tragédias e custar vidas

Veja alguns exemplos em que catástrofes foram causadas por erros de software:

Referências